دانت السفيرة الأميركية لدى الأمم المتحدة سوزان رايس بشدة قرار السودان طرد منظمات الإغاثة الأجنبية، وقالت في حديثها لمجلس الأمن الدولي "نحث المجتمع الدولي على الضغط على حكومة السودان للتراجع عن أمر الطرد وضمان أن لا تفعل شيئا لتزيد من سوء وضع خطير بالفعل".
Short Description
O cargo de Hisbah (regulação das questões econômicas, comerciais e públicas) surgiu juntamente com o cargo de juiz, como resultado da expansão das condições da vida no califado islâmico
O cargo de Hisbah (regulação das questões econômicas, comerciais e públicas) surgiu juntamente com o cargo de juiz, como resultado da expansão das condições da vida no califado islâmico. É uma posição religiosa, uma aplicação do princípio islâmico do al-Amr bil-Ma`ruf wa al-Nahiy `an al-Munkar (ordenar o que é bom e proibir o mal), que é obrigatório para quem é encarregado dos assuntos dos muçulmanos. O governo nomea quem ele considera qualificado para este posto, tornando-se assim, uma obrigação individual para quem é designado para tal cargo, e é obrigação coletiva para os outros[1]. Allah (Exaltado e Glorificado seja) disse [E que seja formada de vós uma comunidade, que convoque ao bem, e ordene o conveniente, e coíba o reprovável. E esses são os bem-aventurados] (Ali Imran 3104).
Durante seu curso de desenvolvimento, a Hisbah foi além do significado religioso de ordenar o bem e proíbir o mal para alcançar deveres práticos de acordo com os interesses gerais dos muçulmanos. Portanto, tratava-se de várias questões sociais, tais como a manutenção da limpeza nas ruas, o bem-estar do animal, para que um animal não seja carregado o que ele não pode suportar, cuidados com a saúde através da cobertura dos canais, impedir os professores de bater nas crianças gravemente, policiamento dos bares e bebedores de vinho assim como a exposição das mulheres. Em termos gerais, tratava-se de tudo o que tem a ver com a sociedade e sua moralidade, a fim de estar na melhor forma. Também tratou de assuntos econômicos, devido ao fato de as cidades muçulmanas tinham enchido de trabalhadores, comerciantes e artesãos. Daí o principal trabalho do Muhtasib foi evitar fraudes na indústria e nas transações, especialmente a fiscalização dos pesos e medidas e verificação de seus padrões e calibres[2].
Nenhuma das nações e civilizações anteriores conheciam tal cargo em suas sociedades e seus costumes. Na verdade, esta posição é muito importante, porque representa o controle moral sobre o povo. Sabe-se que a civilização islâmica se concentrou em dois fatores importantes, o fator material e o fator espiritual. Daí a ocupação de Al Hisbah era equivalente à magnífica aplicação da ética do Islam e suas ordens de conduta.
O primeiro a ocupar o cargo de Hisbah na história da civilização islâmica foi o Mensageiro de Allah (a paz esteja sobre ele). Abu Hurayrah (que Allah esteja satisfeito com ele) narrou que o Mensageiro de Allah (a paz esteja com ele) passou por um monte de alimento e colocou a mão nele, e seus dedos ficaram umedecidos. Ele disse O que é isso ó dono da comida Ele disse Foi molhado pela chuva, ó Mensageiro de Allah. Ele disse Não poderia colocá-lo em cima da comida para que as pessoas possam vê-lo. Quem nos engana, não é dos nossos[3].
E quando o Estado Islâmico inicial começou a tomar forma e ser independente, vimos o Mensageiro de Allah (a paz esteja sobre ele) nomeou o primeiro Muhtasib (fiscal) no Islam, ao designar Sa`id ibn Sa`id `ibn Al-Aas (que Allah esteja satisfeito com ele), logo após a conquista de Makkah[4], em um mercado de Makkah. Isto demonstra a importância desta posição desde o início do Islam.
É interessante observar que algumas mulheres companheiras do Profeta (a paz esteja com ele) foram nomeadas neste cargo desde a época do Profeta (a paz esteja com ele). Ibn Abdul-Barr narrou que Samra bint Nuhaik al-Asadiyyah (que Allah esteja satisfeito com ela) viveu na época do Mensageiro de Allah (a paz esteja com ele), e viveu muito tempo. Ela passava no mercado aconselhando o bem e proibindo o mal, e atingia as pessoas com seu chicote.[5] O que mais surpreende é que 'Umar ibn al-Khattab (que Allah esteja satisfeito com ele) a manteve na posição de Muhtasib no mercado. Isto foi confirmado por Ibn al-Jawzy, que disse Quando 'Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) entrava no mercado, vinha até ela[6], isto é, a visitava em seu lugar de trabalho[7].
Umar (que Allah esteja satisfeito com ele) também cumpria o trabalho de Muhtasib pessoalmente. Ele costumava cumprir al-Amr bil-Ma`ruf wa al-Nahiy` an al-Munkar, chamando as pessoas para a verdade e para o caminho reto, proibia fraudes e advertia contra isso. Ele passava no mercado carregando addurrah (um pedaço de pau) e alertava os que vendiam mercadorias a preços exorbitantes e os trapaceiros.[8]
O sistema de fiscalização e Hisbah continuou ao longo das eras dos quatro califas bem guiados e dos califas omíadas, mas a pessoa encarregada não era chamada Muhtasib, pois este termo foi usado na dinastia abássida. Ziyad ibn Abih nomeou um responsável do mercado de Basra durante o califado de Mu`awiyah ibn Abu Sufyan[9].
Desde a era dos abássidas o cargo de Muhtasib (a pessoa encarregada de Hisbah, ou fiscal) começou a tomar forma diferente. Tornou-se conhecido entre as pessoas desde a época do califa abássida Abu Ja`far al-Mansur. Na tentativa de facilitar o trabalho do Muhtasib e organizar a sociedade, al-Mansur moveu os mercados de Bagdá e da região oriental para outras áreas especiais, longe do centro da cidade e suas repartições. Portanto, os mercados passaram para Bab al-Karkh e Bab al-Sha`ir. Al-Mansur também nomeou fiscais para controlar e monitorar esses mercados e relatar quaisquer irregularidades[10].
A posição do Muhtasib evoluiu ao longo dos anos sob o califado abássida. Sua missão era apenas fizcalizar os pesos e medidas, proibir o monopólio, e ordenar o bem e coibir o mal. Foi acrescido ainda a supervisão da limpeza dos mercados e das mesquitas, fiscalização de funcionários no cumprimento de seus trabalhos, a supervisão dos muezins (chamadores para as orações) para cumprir com os tempos de oração. A jurisdição do Muhtasib também se estendeu para fiscalizar os juízes para observar se estavam atrasados em seus trabalhos ou faltavam nas seções para julgamento. Surpreendentemente, o Muhtasib teve o direito de testar e selecionar os profissionais para determinar a sua competência e profissionalismo em seus ofícios, de modo a não explorar os outros. O califa abássida Al-Mu`tadid (falecido em 279 dH) pediu a Sinan ibn Thabit, o chefe dos médicos, para testar todos os médicos em Bagdá, cerca de 860 médicos, e ordenou o Muhtasib a não permitir que um médico praticasse a sua profissão sem passar pelo exame![11]
Muitos dos fiscais também aplicavam as punições previstas na lei e media as punições sobre os emires e sultões infratores, como o resto do povo. Em seu livro Siyar al-Muluk (Biografias dos Reis) Nizham al-Mulk citou que o sultão seljuki Mahmud Ibn Maliqxá tinha bebido álcool uma vez com seus íntimos e amigos ao longo de uma noite ... Ali ibn Nushtakin e Muhammad al-`Araby (dois seus amigos mais próximos) participaram da festa e permaneceram bebendo a noite toda com Mahmud. Com o nascer do sol `Ali sofreu uma tontura e parecia estar cansado por ficar acordado durante a noite e por causa do consumo excessivo de álcool. Ele pediu permissão ao sultão para ir para casa. Mahmud disse-lhe Não é apropriado você ir em plena luz do dia enquanto está bêbado assim. Fique aqui e descanse em um dos quartos até a tarde e depois vá quando você estiver sóbrio, tenho medo se você for agora estando nesta situação, que o Muhtasib te veja no mercado, te leve, e aplique a pena sobre você, e assim você vai ter a face humilhada, e ficarei deprimido, sem ser capaz de dizer uma palavra. No entanto, Ali ibn Nushtakin, que era o comandante de 50.000 cavaleiros e o homem corajoso do seu tempo e considerado equivalente a mil homens, não imaginou que o Muhtasib teria coragem apenas de pensar no assunto. Então, ele não cedeu e insistiu em ir para casa. Mahmud disse A opinião é tua. Deixem-no ir.. `Ali ibn Nushtakin andava em uma grande caravana de cavaleiros e servos, indo para casa. Mas foi a vontade de Allah que ele foi interceptado pelo Muhtasib que estava com uma centena de seus homens, cavaleiros e caminhantes no centro do mercado. Quando viu Ali bêbado, ordenou que fosse descido de seu cavalo. O Muhtasib também desceu de seu cavalo, e então ordenou que dois homens o seguressem e o chicoteou quarenta chicotadas, sem qualquer preocupação. Ali tocou o chão com os dentes, enquanto sua comitiva e cavaleiros olhavam, e nenhum deles se atreveu a pronunciar uma única palavra! [12]
Esta é a civilização islâmica, que não faz distinção entre um comandante que pode mobilizar cinqüenta mil soldados com um simples sinal e entre um fiscal só tem cem homens sob seu controle. No entanto, o Muhtasib aplica a pena sobre o comandante em público e na frente de seus soldados e cavaleiros, e nenhum deles pode fazer nada. Isto porque a razão estava com o Muhtasib, que fez o comandante uma lição a ser aprendida!
Assim, os califas, emires e sultões buscavam nomear fiscais (Muhtasib) que tinham habilidade, conhecimento e vigor. Em seu livro Nihayat al-Rutbah Ibn al-Ikhwah declarou que O sultão de Damasco, Atabik Tughtkin, solicitou uma Muhtasib. Foi-lhe recomendado um homem sábio e, em seguida, ele ordenou que ele seja apresentado a ele. Quando ele chegou, o sultão disse Eu te designei como fiscal (muhtasib) sobre as pessoas, com a ordem do bem e a proibição do mal. O homem disse Se assim for, levante-se desta cadeira e remova esse sofá, porque eles são feitos de seda, e tire esse anel, porque ele é de ouro. O Profeta (que a paz esteja sobre ele) disse sobre o ouro e a seda Esses são Haram (proibidos) para os homens da minha Ummah (nação), permitidos para as suas mulheres.[13] O sultão levantou-se e ordenou a levantar seu leito, e tirou o anel de seu dedo, e disse Eu também te designo para os assuntos da polícia. As pessoas nunca viram um Muhtasib mais honrado do que ele.[14]
[1] Ibn Khaldun Al-Ibar wa Diwan al Mubtada' wa al-Khabar, 1 225.
[2] Al-Mawardi al- Ahkam al-Sultaniyyah, p 211 em diante, Ibn Khaldun Al-'Ibar wa Diwan al Mubtada wa al-Khabar, 1 225, e Abdul Mun`im Majid Tarikh al-Hadarah al-Islamiya fi al-`usur al-wusta (História da Civilização Islâmica na Idade Média), p 57.
[3] Muslim Kitab Al Iman (Livro da Crença) (102); Abu Daud, (3452); Al-Tirmizhi, (1315); Ibn Majah, (2224) e Ahmad, (7290).
[4] Ibn `Abdul-Barr al-Istia`b, 1 185.
[5] Idem, 4 1863.
[6] Ibn al-Jawzi Sirat 'Umar ibn al-Khattab (Biografia de' Umar ibn al-Khattab), p 41.
[7] Ver Dhafer al-Qassimy Nizham al-Hukm fi al-Shari`ah wa al-Tarikh al-Islami (Sistema de Governo em História Shari` ah e islâmica), 2 592.
[8] Al-Tabari Tarikh al-Umam wa al-Muluk (História das Nações e Reis), 2 578.
[9] Al-Salaby al-Dawlah Al-Umawiyyah (A dinastia Omíada), 1 315.
[10] Ver Al-Tabari, Tarikh al-Umam wa al-Muluk, 4 480.
[11] Ver Ibn Abu Usaibi`ah Uyun al-Anba' fi Tabaqat al-Atibba, 1 112.
[12] Nidham al-Mulk Siyassat Namah, p 80, 81.
[13] Al-Tahawy Mushkil al-Aathar (4209).
[14] Ibn al-Ikhwah Nihayat al-Rutbah fi Talab al-Hisbah, p 78.a
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